terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

D.D.E II - PERSONAGENS

Olá,
Como estão?

Semana passada falamos em como começar, literalmente, as histórias – que acaba sendo quase o último passo. Mas hoje vou falar um pouco sobre os personagens, um pequeno guia, nenhuma fórmula concreta, mas que pode ajudar a criar personagens marcantes.



Talvez tão crucial quanto saber por onde começar, é saber criar os personagens. Não há necessidade de que sejam complexos e cheios de dramas para serem marcantes, às vezes basta um toque “diferente” em sua personalidade ou motivações.
Irei fazer como no post anterior, em forma de lista.

Como disse antes, não é uma regra a ser seguida a risca, apenas algo para lhe ajudar a dar vida as personagens e deixá-las incrustadas na mente dos leitores.

1. Personagens que têm tudo o que querem e precisam acabam se tornando chatas (a menos que essa seja a intenção, claro).

2. Não há necessidade que haja traumas e dramas que acompanhem a personagem por sua vida para que ela seja interessante. Pessoas “ajustadas” (que souberam lidar com os acontecimentos da sua vida) acabam sendo mais profundas, bastar saber moldar à história.

3. Vilões, tente entender o motivo de suas ações e pense que talvez você, no seu lugar, faria o mesmo. Todos vilão é uma alma inocente, corrompida pelas correntes de seus próprios medos.

4. Interação com outras personagens fala muito mais que diálogos abertos, seja ela em um bom ou mal relacionamento. Assim podemos conhecer mais sobre quem a história nos conta.

5. Pessoas reais, algumas vezes, podem ter um gosto por coisas lascivas e algo mais que julgamos “errado”. Não há mal nenhum em incrementar isso a uma personagem.

6. Sim, às vezes é necessário que elas morram.

7. Nome, ele define 50% do personagem. Deve ser algo natural, que você sinta-se à vontade para dizer em voz alta, como se chamasse a um amigo. Ele deve condizer com a mensagem que se deseja passar sobre aquela personagem.

8. Não tenha medo de fugir dos arquétipos. Eles podem ser usados, mas não baseie sua história em cima deles. Seja criativo.

9. Saiba o que sua personagem quer e o que está disposta a fazer para alcançar seus objetivos. Isso ajudará na hora de moldar a personalidade.

10. Conheça os costumes da época em que se passa a história, porém não mergulhe a personagem por completo naquela lá. Você está escrevendo para pessoas de um tempo diferente, elas precisam se sentir, no mínimo, próximas das personagens.

11. Falhas é o que os tornam quem são, então não tenha medo de acrescentar algumas. Elas são o que fazem a personagem crescer.

12. Não se surpreenda quando uma personagem que você criou fizer algo que você não espera. Isso se chama magia e você deve apenas respeitar.
{Nesse ponto há quem discorde, mas você deve seguir o que acha melhor. Há aqueles que acham que o certo é controlar as personagens. Eu não concordo, porque você deve saber “ouvir” o que as personagens têm a dizer e quando isso acontece a história flui de maneira mais leve e sem interpostos. E isso pode ajudá-lo a descobrir o nome que mais se adéqua a personagem.}

13. Não tenha medo de homenagear alguém que você admire – seja alguém real ou outra personagem –, mas não copie, Crie!

14. Se você preferir, crie uma pequena ficha para cada personagem. Porém esteja aberto a mudanças e ao fato que de não é preciso seguir a risca as fichas que criou, elas são apenas um guia.

15. A personagem principal nem sempre é o “carro-chefe” da história, então tente dar atenção também a quem está a volta dela.



Esse foi o post de hoje e espero que ajude vocês!
Não esqueçam de comentarem!


Até mais!

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